A economia circular aplicada: reutilização, recolhimento e reciclagem de bags
- Felipe Veloso
- 10 de nov.
- 2 min de leitura

O setor de embalagens está passando por uma revolução silenciosa — e profundamente necessária. À medida que a preocupação ambiental cresce e as indústrias buscam reduzir seu impacto ecológico, o conceito de economia circular ganha cada vez mais espaço. Em vez de seguir o modelo linear de produzir, usar e descartar, a economia circular propõe um ciclo contínuo de reaproveitamento, no qual materiais e produtos são reinseridos no sistema produtivo sempre que possível.
Entre os segmentos que mais se beneficiam dessa transição estão os das embalagens flexíveis industriais, como os big bags (ou FIBCs — Flexible Intermediate Bulk Containers) e as ecobags de polipropileno (PP). Tradicionalmente usados para armazenar e transportar grãos, fertilizantes, cimento e produtos químicos, esses recipientes têm se tornado protagonistas de uma transformação sustentável que combina inovação tecnológica, responsabilidade ambiental e ganhos econômicos.
Um dos pilares dessa mudança é a reutilização. Graças aos avanços na produção de tecidos de polipropileno e na padronização dos processos de limpeza e inspeção, muitos big bags agora podem ser usados diversas vezes antes do descarte. Essa prática, já comum em grandes cadeias logísticas europeias e asiáticas, reduz custos e emissões de carbono, além de diminuir significativamente o volume de resíduos industriais.
O segundo pilar é o recolhimento estruturado. Diversas empresas têm implementado programas de logística reversa, nos quais os sacos usados são coletados, avaliados e encaminhados para reuso ou reciclagem. Essa etapa é essencial para fechar o ciclo circular: o recolhimento garante que os materiais não se percam no meio ambiente e retornem ao processo produtivo em segurança.
Por fim, há o reciclamento de polipropileno — talvez o ponto mais promissor dessa jornada. Segundo a Future Market Insights (2025), o mercado global de FIBCs deve ultrapassar US$ 11,5 bilhões até 2035, impulsionado pelo avanço dos materiais recicláveis e da tecnologia de reciclagem mecânica. Empresas como a austríaca Starlinger & Co. GmbH já desenvolvem sistemas capazes de transformar big bags usados em novos produtos, sem perda relevante de qualidade. Essa inovação permite que o mesmo material percorra o ciclo de vida inúmeras vezes, reduzindo o consumo de matéria-prima virgem e fortalecendo o compromisso com práticas ESG.
A adoção desses princípios não é apenas uma escolha ecológica — é uma decisão estratégica. Negócios que incorporam a economia circular ganham competitividade, reduzem custos operacionais e fortalecem sua imagem perante consumidores e parceiros.
É nesse cenário que a Sacacho acredita e atua: incentivando o uso consciente de recursos, apoiando práticas de reutilização e promovendo soluções criativas e sustentáveis no universo das embalagens. Porque quando uma embalagem pode ser usada novamente, todos ganham — o planeta, as empresas e as próximas gerações.
Fontes:
Future Market Insights (2025) – FIBC Market Set to Reach USD 11.5 Billion by 2035
Advantage Austria (2024) – Circular Packaging for Big Bags
Dry Cargo Magazine (2023) – Recycling and Reuse in the Bulk Packaging Industry




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